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Guia de empréstimos: como tomar crédito consciente

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No Brasil, um dos efeitos observados em decorrência da crise econômica e sanitária devido à pandemia do coronavírus é o crescimento de empréstimos em 10,8% em 2020, conforme dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Com a expansão do serviço, também aumenta a necessidade da discussão sobre como tomar crédito consciente, como a apresentada neste guia de empréstimos.

Em meio à alta da inflação, mais de 14 milhões de desempregados e o recorde histórico no percentual de famílias endividadas, que chegou a 67,5% em abril segundo a Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor, não é surpreendente que as pessoas passem a considerar o empréstimo como uma saída para a vida financeira.

Entretanto, ao longo desse processo muitas dúvidas podem surgir. Será que contratar um empréstimo vale a pena? Qual é o melhor tipo de empréstimo? Quais cuidados devem ser tomados? Quais são os custos?

As respostas para essas e outras perguntas relacionadas ao tema você pode encontrar ao longo deste guia de empréstimos, com a ajuda do mestre em Economia, Cícero Leal, e da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

Empréstimo X Financiamento

A primeira coisa que deve estar claro para quem considera contratar um empréstimo ou quer se informar mais sobre o assunto é a definição desse tipo de serviço, por vezes confundido com outras opções disponíveis no mercado, como o financiamento.

A principal diferença entre o empréstimo e o financiamento está na finalidade de cada serviço. Enquanto o financiamento é um tipo de compra parcelada de um bem específico, o empréstimo é um crédito acordado entre as partes sem um objetivo definido, isto é, a pessoa contratante pode usar o dinheiro como quiser.

No empréstimo, o dinheiro é depositado na conta da pessoa que o solicitou. Já no financiamento, o bem financiado é quitado pelo banco ou instituição financeira e o consumidor deve devolver o valor pago em parcelas ao banco com juros. Ou seja, o consumidor não pega dinheiro propriamente dito, mas entrega à instituição em troca do bem adquirido.

O financiamento é interessante para a compra de um bem ou serviço que seja importante para aquele momento. A diferença entre empréstimo e financiamento é que empréstimo é dinheiro vivo, para fazer “o que você quiser”. Já o financiamento, ele é um dinheiro carimbado com o objetivo de adquirir alguma coisa, um imóvel ou um automóvel, por exemplo, explica o economista Cícero Leal.

Confira diversos produtos consignados.

Tipos de empréstimo

Que o empréstimo é um crédito oferecido por uma instituição financeira em um valor determinado, pago em várias prestações com juros acrescidos, já deve estar claro. 

No entanto, existem diferentes tipos de empréstimos disponíveis no mercado e saber sobre cada um deles também é um passo importante para acertar na escolha da contratação.

Os principais são: empréstimo consignado, empréstimo pessoal, pessoal com garantia, rotativo e cheque especial.

Confira abaixo detalhes de cada modalidade neste guia de empréstimos.

Empréstimo consignado

O empréstimo consignado é o que possui menor juros do mercado, isso porque as parcelas são pagas por meio do desconto em folha de pagamento ou benefício previdenciário, o que diminui os riscos de inadimplência.

Entretanto, nem todas as pessoas possuem acesso ao consignado, já que é preciso ter estabilidade financeira comprovada.

Atualmente apenas beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); servidores públicos dos níveis municipal, estadual e federal; militares das Forças Armadas e trabalhadores com carteira assinada em empresas privadas podem contratar o consignado.

No caso deste último grupo, o crédito consignado é disponibilizado apenas para quem trabalha em empresa que possui convênio com algum banco que oferece o consignado.

Empréstimo pessoal

O empréstimo pessoal é uma modalidade comum de empréstimo, na qual o cliente faz a contratação direto com o banco ou instituição financeira, que estabelece as condições da oferta como juros, prazos e o valor final do empréstimo (Custo Efetivo Total).

Normalmente o procedimento envolve a análise do banco sobre o perfil do cliente, inclusive com consulta ao SPC ou Serasa, para averiguar itens como o limite e para saber se o consumidor atende aos requisitos para fechar o contrato.

Empréstimo pessoal com garantia

O empréstimo pessoal com garantia, como o próprio nome sugere, é um empréstimo feito com uma garantia de pagamento por parte do cliente. Essa garantia pode ser algum bem do cliente, como o automóvel, por exemplo.

Por meio dela, há uma diminuição dos riscos de inadimplência e, consequentemente, os juros para essa modalidade de empréstimo são menores quando comparados ao empréstimo pessoal convencional.

Porém, é preciso levar em consideração o fato de que, em caso de inadimplência, existe a possibilidade de perder o bem ofertado como garantia.

Crédito rotativo

O crédito rotativo acontece quando o consumidor não tem como pagar a fatura total do cartão de crédito e paga qualquer valor abaixo do total. A diferença entre o que foi pago e o valor total torna-se um empréstimo e, por esse motivo, o restante a ser pago tem um acréscimo de juros.

O crédito rotativo tem limite de até 30 dias, ou seja, ele só pode ser usado por um mês. Depois desse período, o cliente deve avaliar outras condições de pagamento da dívida disponíveis no banco.

Cheque especial

O cheque especial, embora carregue um nome diferente, também é considerado um tipo de empréstimo.

Diferente das demais modalidades, essa opção oferece um limite pré-aprovado ao cliente do banco, que pode ser usado quando há um gasto maior do que o valor disponível em conta. Os juros desse tipo de empréstimo são um dos maiores do mercado.

O que deve ser levado em consideração antes de contratar um empréstimo?

Embora possa, à primeira vista, parecer uma medida facilitadora no que diz respeito às finanças, o empréstimo não deixa de ser uma dívida a longo prazo. Por esse motivo, é importante levar em consideração alguns fatores antes de tomar a decisão de contratar um empréstimo.

De acordo com os especialistas entrevistados pela bxblue, verificar a real necessidade de fazer o empréstimo e ter um planejamento financeiro são pontos essenciais a serem avaliados.

Consultada, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) destacou, por meio de assessoria, que os consumidores podem ser levados aos empréstimos por mensagens de marketing e pelo “impulso de consumir algo” acima das capacidades financeiras.

Será que poderia vender algum pertence que pudesse suprir aquele valor? Será que eu conseguiria juntar um pouco de dinheiro, todo mês, para ao invés de pagar juros juntar o dinheiro para comprar o que eu quero? Será que eu conseguiria planejar melhor meus gastos mensais para poder juntar esse dinheiro? Essas perguntas o consumidor tem que se fazer e avaliar se ele está fazendo um planejamento financeiro adequado dos seus gastos. Por isto, a Senacon entende que é muito importante a educação financeira.

Para o mestre em Economia Cícero Leal, apesar do planejamento financeiro ser uma questão-chave, não se observa isso nos agentes que demandam os empréstimos e/ou financiamentos: “O que observamos são pessoas que não fazem planejamento financeiro e isso é uma cultura.” Entretanto, ele dá destaque para a importância de se ter entendimento de finanças pessoais antes de tomar qualquer decisão:

Inicialmente, você tem que ver a sua saúde financeira, entender se tem condições de arcar com as prestações desse empréstimo. Se não houver outra forma, quanto de juros que você vai pagar pelo empréstimo? Quais alternativas existem para esse empréstimo? Entender de finanças pessoais e fazer seu planejamento financeiro são formas de responder essas questões.

Quais são os principais custos dos empréstimos?

Todos os valores cobrados durante a contratação de um empréstimo compõem o Custo Efetivo Total (CET), isto é, o valor final a ser pago pelo cliente, com a inclusão das taxas. 

O valor total dos empréstimos feitos pelos bancos normalmente cobram as seguintes taxas, além da quantia emprestada:

  • Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
  • Taxa de Abertura de Crédito (TAC);
  • Taxas administrativas em geral;
  • Taxa de análise de crédito;
  • Taxa de juros;
  • Taxa de manutenção de cadastro.

Outras taxas podem vir a ser cobradas pelas instituições financeiras, mas todas devem estar sinalizadas no contrato. 

O que é e como obter o melhor score?

O score de crédito é uma pontuação que cada pessoa tem como parâmetro para o perfil de pagamento do consumidor. Os pontos variam de 0 a 1.000 e, quanto maior ele for, menor o risco de inadimplência.

Embora o empréstimo consignado não dependa do score do solicitante para ser concedido, as demais modalidades de empréstimo utilizam a pontuação como critério para a aprovação do contrato.

Diante disso, Cícero Leal alerta que “para ter um score positivo, como a regra fala, é [necessário] manter seus compromissos em dia e fazer parte do cadastro positivo”.

Empréstimo consignado: conheça as vantagens dessa modalidade

Além de oferecer os menores juros do mercado em relação aos demais tipos de empréstimo, o empréstimo consignado oferece vantagens exclusivas em relação aos prazos, à contratação e liberação de crédito. 

Prazos mais longos de pagamento

Para quem está em busca de mais tempo para pagar uma dívida de empréstimo, o consignado pode ser a opção ideal, já que a modalidade permite quitar a dívida em até 96 vezes, no caso de servidores públicos, e até 84 meses para aposentados e pensionistas do INSS.

Facilidade para contratar

Como o pagamento da dívida é vinculado à folha de pagamento ou ao contracheque, o tempo de resposta para a liberação do dinheiro, assim como a burocracia necessária para a aprovação do empréstimo, são menores. Além disso, todo o processo de contratação do consignado pode ser feito online.

Crédito liberado sem consulta ao Cadastro Positivo

Aqueles que possuem o cadastro negativado em empresas como o SPC ou o Serasa ainda assim podem contratar o empréstimo consignado normalmente, pois durante a contratação não é feita uma análise da situação cadastral do cliente.

Quando vale a pena contratar um empréstimo?

Conforme a Senacon, não há uma resposta exata para essa pergunta, já que cada pessoa possui sua realidade. 

Entretanto, o órgão julga ser mais adequado “fazer a análise da real necessidade do empréstimo e, especialmente, da viabilidade do pagamento“. Depois disso, ressalta a Senacon, o consumidor deve pesquisar e analisar as opções: “Deve procurar a que tenha o menor custo para ele, sempre atento à credibilidade da instituição financeira.”

Já o economista Leal considera que o empréstimo é interessante para pagar dívidas com taxa de juros muito elevadas, reduzindo assim o montante pago, caso tais empréstimos, com juros menores, possam possibilitar a quitação dessas dívidas elevadas – como as do cartão de crédito ou do cheque especial.

O empréstimo consignado, por exemplo, que é descontado em folha de pagamento, é considerado para trocar dívidas com taxas de juros maiores por uma condição melhor. Vale a pena optar pelo empréstimo se você tiver que fazer uma coisa imperdível ou uma coisa que é vital.”

Guia de empréstimos: cuidados na hora de buscar crédito

A avaliação da necessidade, na opinião dos especialistas, é essencial para evitar o superendividamento.

Para tanto, avaliam, é importante ter uma noção clara de quais são as receitas (salários, benefícios, renda extra, etc.) e as despesas (gastos com saúde, moradia, alimentação, etc.), bem como se há uma diferença entre as duas contas – e se tal diferença é positiva.

Então, fazendo essas análises, saberá como anda a sua saúde financeira e, como consequência, você vai saber se terá condições de arcar com as prestações do empréstimo e, o mais importante, saberá se ele é necessário ou não, acrescenta Leal.

Para além disso, a Senacon também dá destaque para a importância de averiguar a confiabilidade da instituição financeira e estar atento contra golpes: “O consumidor deve procurar uma instituição financeira reconhecida, com credibilidade e com bom índice de avaliação na plataforma oficial do governo consumidor.gov.br. Quando estamos vulneráveis é mais fácil cair em golpes de oportunistas que se aproveitem da situação.”

A fim de evitar passar por esse tipo de problema, a Senacon recomenda que a pessoa interessada em um empréstimo faça uma pesquisa no site do Banco Central e no consumidor.gov.br, para compreender a procedência da instituição e quais tipos de reclamação ela costuma receber dos consumidores.

O órgão enfatiza, ainda, a importância de estar atento aos termos do contrato e aos detalhes da oferta: “O consumidor deverá ficar atento aos termos do contrato quanto às parcelas, ao prazo, à taxa de juros e sempre solicitar uma cópia do contrato para ter essas informações de maneira fácil, caso precise no futuro.”

Por fim, a Secretaria também observa que o consumidor deve atentar-se se a oferta que está sendo feita pela instituição está adequada ao seu perfil e à finalidade do empréstimo, pois, de acordo com a Resolução 4.283/2013 do BC, é obrigação das instituições financeiras oferecer o serviço mais adequado ao perfil do consumidor. 


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