Conforme recente pesquisa do Grupo Allianz, divulgada pelo Broadcast do jornal O Estado de São Paulo, a dívida das famílias brasileiras aumentou 11,2% em 2020, mais rápido do que em outros países da América Latina, com exceção da Argentina. Tanto que o endividamento das famílias do Brasil é mais da metade do total da região, representando 55,8%.
As estimativas são de que 60 milhões de brasileiros estão endividados, dos quais 30 milhões na situação extrema do superendividamento, quando há comprometimento da capacidade de pagamento de itens básicos de sobrevivência, como moradia e alimentação.
Neste cenário, o Banco Central, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a Secretaria Nacional do Consumidor e o Senado Federal promoverão de 1º a 30 de novembro de 2021 o Mutirão da Negociação de Dívidas e Orientação Financeira.
Saiba mais sobre o Mutirão da Negociação de Dívidas: quem pode participar, o que é preciso e como aproveitar a oportunidade para quitar dívidas urgentes.
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Mutirão da Negociação de Dívidas e Orientação Financeira
O Mutirão da Negociação de Dívidas é um período no qual os consumidores poderão, pela internet, negociar suas dívidas com bancos e outras instituições financeiras. Em 2021, o evento ocorre ao longo do mês de novembro.
Trata-se de uma das iniciativas do acordo de cooperação técnica assinado entre a Febraban e o Banco Central. As entidades reuniram esforços para desenvolver ações coordenadas de educação financeira.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou que a ação conjunta contribui para o reestabelecimento do equilíbrio financeiro das famílias e promove a educação financeira:
Por meio do site da campanha é possível fazer desde o rastreio de dívidas em todo o sistema financeiro nacional; calcular o quanto do orçamento pessoal pode ser destinado ao pagamento mensal em uma negociação; consultar o seu índice de Saúde Financeira (ISF), até o envio final de propostas de acordo às instituições credoras na plataforma consumidor.gov.br.
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Edição 2021 do Mutirão
De acordo com as entidades, o foco em educação financeira é um dos diferenciais do Mutirão da Negociação de Dívidas neste ano.
Ele busca auxiliar os devedores a se prepararem para a negociação em si, com informações sobre como descobrir quais são suas dívidas, quando vale a pena participar do mutirão e quanto do orçamento poderá ser destinado ao pagamento das dívidas no momento da negociação.
Para esta etapa opcional de preparação prévia, uma página específica foi desenvolvida, na qual o devedor poderá ter acesso a informações sobre: como descobrir quais são suas dívidas, quando vale a pena participar do mutirão e quanto do orçamento poderá ser destinado ao pagamento dessas dívidas no momento da negociação.
- Acesse o site do Mutirão da Negociação.
Na página, o interessado em participar do programa encontrará, por exemplo, um link para o Registrato, por meio do qual é possível acessar a lista das dívidas em seu nome junto às instituições financeiras.
Confira diversos produtos consignados.
Quem pode participar do Mutirão da Negociação de Dívidas?
O evento é destinado a consumidores com dívidas em atraso com instituições financeiras cujas modalidades não contemplem bens dados em garantia do empréstimo.
Assim, poderão ser negociadas dívidas que não possuem bens dados em garantia; que estejam em atraso e em nome de uma pessoa natural; e tenham sido contraídas de bancos ou financeiras.
Como participar do Mutirão para negociar as dívidas?
Para iniciar a negociação de uma dívida em atraso, preferencialmente após a preparação prévia, a pessoa devedora deve realizar o registro na plataforma consumidor.gov.br.
O registro é feito preenchendo um cadastro com dados pessoais, e-mail, telefone, e então irá gerar um login e senha.
Após finalizar o registro, é necessário escolher a instituição com a qual deseja negociar e relatar o problema.
O banco tem prazo de até 10 dias para analisar a solicitação e apresentar uma proposta.
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Aprenda a usar o empréstimo consignado para pagar dívidas
Por ser uma das modalidades de crédito pessoal com o menor custo do mercado, o empréstimo consignado pode ser o principal instrumento para negociar e quitar dívidas, à disposição de beneficiários INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), servidores públicos e trabalhadores do regime celetista.
Em razão do risco quase nulo de inadimplência, as instituições financeiras cobram as menores taxas de juros no crédito consignado. Dessa forma, é possível usar o empréstimo consignado para quitar dívidas com juros maiores, como cartão de crédito ou cheque especial e, assim, além de ficar em dia com as obrigações financeiras, pagar menos.
Outra vantagem é que, com o valor do empréstimo consignado em mãos, os devedores têm maior poder de barganha e podem negociar descontos ainda mais significativos para a quitação das dívidas, independentemente de quais sejam os credores.
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