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Como se livrar de uma dívida muito alta?

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Ter uma dívida muito alta pode lançar uma sombra sobre a vida das pessoas, com consequências que vão além da área financeira e afetar também a saúde mental do devedor e sua família.

E o cenário infelizmente é comum, com dados recentes apontando o alto endividamento dos consumidores brasileiros, que enfrentam, não raro, tipos de dívidas – de um financiamento imobiliário a faturas de cartão de crédito atrasadas, por exemplo.

Porém, mesmo quando a dívida atinge valores alarmantes, existem formas de se lidar com essa situação.

Neste artigo, falaremos sobre essas estratégias e daremos dicas práticas para você encontrar seu caminho para uma vida financeira estável.

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O que significa uma dívida muito alta?

De modo simplificado, podemos dizer que uma dívida é considerada “muito alta” quando se torna difícil – ou quase impossível – para a pessoa pagar com sua renda usual.

No entanto, essa dificuldade é relativa, já que depende da renda do devedor e de outros fatores pessoais e financeiros.

Imagine, por exemplo, uma pessoa com uma renda mensal de R$5.000,00, que deve R$15.000 no cartão de crédito. Neste caso, sua dívida é três vezes maior que sua renda mensal — sendo, portanto, considerada muito alta.

A situação se complica ainda mais se essa dívida está sujeita a altas taxas de juros, o que pode fazer o valor devido aumentar rapidamente e tornar-se cada vez mais difícil de ser quitado.

Exemplos de dívidas muito altas

Entender o que significa uma dívida muito alta é muito importante, sobretudo porque elas podem se manifestar de várias formas e em diversos contextos.

Vamos explorar algumas situações muito comuns, desde o financiamento de um carro até o uso prolongado do cheque especial.

1. Financiamento de carro

O financiamento de carros é um dos exemplos comuns de dívidas muito altas assumidas. Por um lado, é uma forma popular de adquirir um veículo, permitindo que os compradores paguem ao longo do tempo, em vez de desembolsar todo o valor à vista.

No entanto, essa modalidade pode facilmente transformar-se em uma dívida onerosa. Isso porque a taxa média atual do mercado, conforme dados do Banco Central, é de quase 30% ao ano.

Assim, um financiamento de um veículo de R$ 50 mil, por exemplo, pode chegar a quase R$ 80 mil a ser desembolsado pelo consumidor para a quitação.

Ao financiar um carro, é fundamental entender que você não está apenas pagando pelo veículo em si. O valor do financiamento inclui juros, que variam dependendo da sua instituição financeira e do prazo do empréstimo, bem como outros custos da operação.

Dessa forma, é importante que o comprador avalie cuidadosamente seu orçamento antes de assumir um financiamento de carro. 

Compare as taxas de juros de diferentes bancos e instituições financeiras, calcule o valor total que o carro vai custar ao final do financiamento e considere se é possível fazer um pagamento inicial maior para reduzir o valor do empréstimo.

2. Financiamento imobiliário

O financiamento imobiliário é outra forma comum de dívida elevada. Aliás, o financiamento é considerado, para muitas pessoas, a única forma de realizar o sonho da casa própria, uma vez que possibilita pagar parcelas mensais pequenas, se considerado o valor total do bem imóvel.

Porém, assim como no financiamento de carros, essa modalidade de crédito pode se tornar uma grande dívida se não for adequadamente gerenciada.

Uma questão comum que muitas pessoas enfrentam é que o valor da parcela do financiamento, que parecia acessível no início, pode se tornar um fardo com o tempo.

As condições econômicas podem mudar, a renda pode cair ou outras despesas podem surgir, tornando os pagamentos mensais da parcela imobiliária difíceis de cumprir.

Portanto, antes de entrar em um financiamento imobiliário, é importante certificar-se de que as parcelas do financiamento caberão confortavelmente em seu orçamento, mesmo em caso de imprevistos.

Além disso, compare diferentes ofertas de financiamento, pois as taxas de juros e condições variam bastante entre as instituições financeiras.

3. Fatura de cartão de crédito atrasada

O cartão de crédito, se utilizado de maneira responsável, oferece benefícios como conveniência, a possibilidade de parcelar compras e, em alguns casos, recompensas e cashback. Mas quando mal administrado, pode se transformar em uma fonte de dívidas altas.

Atrasar o pagamento da fatura do cartão de crédito pode levar ao acúmulo de juros sobre o valor devido, resultando em uma dívida muito maior do que a inicial. Isso ocorre porque os cartões de crédito possuem uma das maiores taxas de juros do mercado.

Se a fatura não é paga integralmente, o saldo restante é carregado para o próximo mês, e juros são cobrados sobre esse valor.

É importante destacar que o pagamento mínimo da fatura do cartão, que geralmente é de 15% a 20% do valor total, não evita a cobrança de juros sobre o saldo remanescente.

Esse é um erro comum e pode levar ao chamado “efeito bola de neve”, em que a dívida continua a crescer mês após mês.

O atraso no pagamento da fatura do cartão de crédito também pode resultar na cobrança de multas e juros por atraso, que são adicionados ao valor total devido.

Além disso, o nome do titular pode ser incluído nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, o que dificulta a obtenção de novos créditos no mercado.

Para evitar essa situação, sempre busque pagar a fatura integralmente; caso isso não seja possível, entre em contato com a administradora do cartão para negociar a dívida e evitar que aumente ainda mais.

4. Uso prolongado do cheque especial

O cheque especial é uma modalidade de crédito pré-aprovado que os bancos oferecem aos seus clientes, dando a possibilidade de uso mesmo quando a conta corrente já está zerada.

Apesar de ser uma ferramenta que pode ajudar em situações emergenciais, seu uso prolongado pode resultar em uma dívida muito alta, devido às elevadas taxas de juros associadas a este tipo de crédito.

O grande problema é que muitas vezes esta ferramenta é bem simples de usar, estando disponível o tempo todo, o que pode levar muitas pessoas a recorrerem a ele, mesmo para despesas não essenciais. 

A armadilha está no fato de que o cheque especial é um dos tipos de crédito mais caros do mercado, podendo superar a taxa de 300% ao ano.

Pra piorar, esses juros são cobrados diariamente, e não mensalmente. Isso significa que a dívida pode crescer muito rapidamente, tornando-se cada vez mais difícil de ser quitada.

Para evitar cair na armadilha do cheque especial, é fundamental manter um controle rigoroso sobre os gastos e sempre procurar alternativas mais econômicas de crédito quando necessário.

Além disso, sempre que possível, opte por contratar uma alternativa mais barata de crédito e evite  utilizar o limite do cheque especial por mais de 30 dias consecutivos.

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O que fazer se tenho uma dívida muito alta no banco?

Se você está enfrentando uma dívida muito alta com o banco, não se desespere. Existem várias estratégias que você pode adotar para lidar com essa situação e recuperar o controle de suas finanças. As principais delas são:

1. Avalie o tipo da dívida

Quando se trata de lidar com dívidas altas, um dos primeiros passos é avaliar o tipo de despesa que você tem. Esta análise é crucial para entender a situação financeira em que se encontra, sem mencionar que ela ajudará a desenvolver uma estratégia de pagamento mais eficiente.

Entender o tipo de dívida significa conhecer detalhadamente as características da mesma. Isso inclui o montante total devido, a taxa de juros aplicada, as penalidades por atraso no pagamento, o prazo de pagamento, entre outros aspectos legais.

Depois disso, você parte para o plano de quitação – por exemplo, pode pagar primeiro as dívidas com os menores saldos, ou quitar as dívidas com as taxas de juros mais altas.

A avaliação pode fornecer informações úteis se você decidir negociar sua dívida com o banco — que é o que vem a seguir.

2. Entre em contato para negociar a quitação antecipada

Negociar a quitação antecipada de uma dívida reduz o valor total devido. Mas, como isso funciona na prática?

Ao contrair uma dívida, especialmente aquelas com taxas de juros elevadas, como um financiamento de carro ou empréstimo pessoal, uma porção significativa do valor total representa o juro da operação.

Quando você negocia uma quitação antecipada, é seu direito ter o desconto de uma parte desses juros, reduzindo o valor total a pagar.

Antes de entrar em contato com o banco ou a instituição financeira, porém, é essencial ter uma compreensão clara de sua situação financeira. Conheça o valor total devido, a taxa de juros aplicada e quanto você pode pagar antecipadamente.

Além disso, esteja disposto a negociar. A primeira oferta que a instituição financeira apresenta pode não ser a melhor possível. Assim, busque negociar um valor de quitação antecipada que seja favorável para você.

Como negociar ou pagar uma dívida muito alta?

Agora que já sabemos o que fazer ao enfrentar uma dívida muito alta, vamos entender como negociá-la e, finalmente, ter condições de quitá-la.

Embora cada dívida seja única — assim como cada situação financeira pessoal —, existem algumas estratégias que podem ajudar a reduzir e, eventualmente, eliminar até as dívidas mais significativas.

1. Diferencie a dívida inicial dos juros e multas

Compreender a estrutura da sua dívida é um passo fundamental para poder negociá-la de maneira eficaz. Ao diferenciar o valor principal da dívida dos juros e multas, você poderá ver claramente quanto deve e por quê.

Além disso, esse cuidado é crucial para a negociação. Afinal, ao ter essa compreensão você poderá, por exemplo, pedir a remoção ou redução de multas por atraso, ou negociar uma taxa de juros mais baixa

A boa notícia é que com a ajuda do Documento de Evolução da Dívida (DED) este processo se torna muito mais simples. Afinal, o documento — que os bancos são obrigados a fornecer aos seus clientes —, traz um detalhamento completo da dívida, incluindo o valor principal, juros, multas e outros encargos.

O DED pode ser solicitado à instituição credora a qualquer momento. Assim, diferenciar a dívida inicial dos juros e multas, usando ferramentas como o DDC, pode fornecer uma visão mais clara da sua dívida, trazendo elementos concretos para negociá-la com mais eficiência.

2. Busque por fontes de renda extra

Quando confrontados com uma dívida muito alta, muitas pessoas procuram maneiras de aumentar sua renda para ajudar a acelerar o processo de pagamento. Você pode, por exemplo, utilizar o 13º salário para o pagamento de uma dívida parcial ou integralmente.

Outra fonte potencial de renda extra é a restituição do Imposto de Renda. Muitas pessoas recebem uma quantia de dinheiro de volta após preencherem suas declarações de impostos.

Ademais, não podemos esquecer das fontes advindas de trabalhos extras. Seja oferecendo seus serviços como freelancer, vendendo itens online, ou até mesmo participando de pesquisas remuneradas, cada centavo extra pode ajudar na redução da sua dívida.

3. Descubra onde reduzir gastos

Uma etapa crucial para conseguir arcar com uma dívida muito alta é diminuir seus gastos. A redução das despesas do dia a dia pode ajudá-lo a “sair do vermelho” mais rapidamente.

Também é possível minimizar as despesas com contas de serviços, seja diminuindo o uso de água e energia elétrica ou revisando seu plano de celular e internet.

A ideia não é se privar completamente, mas sim criar um equilíbrio que permita viver de maneira sustentável enquanto trabalha para pagar sua dívida. E, claro, à medida que ela diminui, você pode começar a reintroduzir gradualmente algumas despesas que você precisou abrir mão momentaneamente.

4. Procure o credor para negociar o pagamento

Uma das maneiras mais eficazes de lidar com uma dívida muito alta é entrar em contato direto com o credor para renegociar o pagamento.

Ao fazer isso, você demonstra proatividade e disposição em resolver a situação, o que pode inclinar a balança a seu favor na negociação. 

Antes de mais nada, seja honesto sobre sua situação financeira. Se você perdeu o emprego, teve uma redução de salário ou está lidando com despesas médicas inesperadas, deixe o credor saber. Eles podem ter programas ou opções de assistência disponíveis para pessoas em sua situação.

Dependendo do caso, você pode ser capaz de negociar um desconto no valor total da dívida. Isso é particularmente verdadeiro se você puder fazer um pagamento de uma quantia considerável de uma vez. Muitos credores são dispostos a aceitar um valor menor, em vez de pequenos pagamentos ao longo de muitos anos.

5. Troque a dívida alta por outra menor

Outra estratégia que pode ser usada quando se tem uma dívida muito alta é a troca por uma dívida menor, algo que geralmente é realizado através de uma operação conhecida como refinanciamento ou consolidação da dívida.

A ideia é pegar um novo empréstimo com juros menores para pagar uma dívida existente. Isso pode diminuir a quantidade que você paga no total, simplificando o pagamento da dívida, já que você terá apenas um credor com quem lidar.

Um exemplo desta estratégia é a utilização do empréstimo consignado, muito conhecido por ter uma das taxas de juros mais baixas do mercado.

6. Veja possibilidade de portar a dívida

Por fim, a portabilidade da dívida também pode ser uma solução útil neste caso. Basicamente, essa estratégia consiste em transferir a dívida de uma instituição para outra, em busca de melhores condições de pagamento.

Tal mecanismo é especialmente útil quando a dívida de origem tem uma taxa maior e outro banco oferece uma taxa de juros mais baixa.

Certifique-se de que as taxas de juros na nova instituição financeira são realmente menores e verifique se há taxas ocultas ou custos de transação que possam aumentar o custo total do empréstimo.

O que fazer se você não tem como pagar uma dívida muito alta

Existem situações em que, apesar de todos os esforços, a dívida se torna tão grande que parece impossível de ser quitada.

Se esse for o seu caso, não perca a esperança: há alternativas legais que podem ajudar. Vamos explorar duas delas: a Lei do Superendividamento e o Programa Desenrola Brasil.

Lei do superendividamento

Instituída em 2021, a Lei do Superendividamento oferece a possibilidade de o consumidor com uma dívida muito alta reestruturar todas as suas obrigações financeiras simultaneamente. Isso permite a criação de um plano de pagamento personalizado.

O referido marco legal adota uma abordagem semelhante à utilizada na recuperação judicial de empresas. Assim, é realizada uma união de todas as dívidas, com a subsequente realização de uma conciliação única.

A intenção é possibilitar que o endividado salde suas pendências, garantindo a subsistência própria e de seus dependentes.

É importante destacar que o superendividado é caracterizado como aquele que não tem capacidade de liquidar seus débitos e, simultaneamente, garantir o mínimo para sua sobrevivência.

Além disso, a lei prevê a renegociação dos compromissos de consumo, como conta de água e luz, gás, telefone, além de empréstimos com instituições financeiras, entre outros.

Programa Desenrola Brasil

O programa Desenrola Brasil, do governo federal, busca auxiliar no pagamento de dívidas da população, visando a redução do endividamento dos brasileiros.

Já se sabe que o Desenrola Brasil será dividido em duas faixas:

  • Categoria I: abrange pessoas com renda até dois salários-mínimos ou inscritos no CadÚnico;
  • Categoria II: específica para pessoas com dívidas bancárias.

Em suma, essas opções demonstram que mesmo nas situações mais difíceis, há meios de se buscar uma solução. Porém, é importante lembrar que cada caso é único e que manter-se informado e consciente sobre suas finanças é o melhor primeiro passo para evitar uma dívida muito alta.


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